segunda-feira, 11 de maio de 2009

Palavras presentes...


Há quanto tempo, verdade? Sim. Achei que tinha perdido o jeito.
Fugiu-me a receita? Escapou-me a fôrma?
Não tenha pressa, a vida pede esses intervalos, às vezes quase eternos, mas nem sempre para sempre.
Senti sua falta? Senti falta de sua doçura, que ainda não tinha provado, de suas imagens, que ainda não exergava, hoje criadas em versos, que eu ainda nem tinha ouvido, Desse novo universo que se levanda com uma simples ciranda de palavras. Eu também senti.
Mas um sentir estranho, sem saudade, porque não a conhecia, sem paixão, porque ela sempre surge na hora certa... Foi uma falta rara, de tamanho desmedido.
Um tempo passado, mas ainda não vivido. Mas há sempre o que se dizer, por mais interminável que seja o silêncio, por mais lacunas que precisem de ventos, elas, as palavras, sempre estarão presentes. Não deixemos isso morrer.
Não deixemos que nossos sentimentos se congelem, devido as marcas que adquirimos do passado, ou que nos façam acreditar que é mais cômodo não incomoda-los descrevendo-os. Há coisas que são indescritíveis. Sim, são.

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